segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ondas do Quebra-mar

Recentemente, talvez semana passada ou retrasada, não sei ao certo, passava na televisão alguns textos vencedores da Olimpíada de Português “Escrevendo o Futuro”, um concurso que teve a participação de mais de 6 milhões de alunos de todo o Brasil. Fiquei orgulhosa e entusiasmada quando ouvi a poesia “Ondas do quebra-mar” do aluno Yan Roberto Lima Silva, que foi escolhida entre as 15 vencedoras. Sendo o garoto do Amapá, meu ego de amapaense subiu, ele fez a poesia diante do tema “O lugar onde vivo”, e como tão bem representou o Amapá falando do nosso imenso, majestoso e lindo Amazonas, descrevendo em poucas palavras, porém esclarecedoras, nosso dia-a-dia, nossa cultura, nossas lendas, nossas danças, enfim, o nosso Amapá.
Eis aqui a poesia que trouxe uma medalha de ouro para o Amapá:
Ondas do quebra-mar
Minha alma cabocla
navega por aqui
exaltando negros e índios
na terra do açaí.

O Amazonas vem subindo
pela orla da beira-mar
nas ricas águas doces
do meu rio-mar.

O Amazonas é majestoso
e banha o meu lugar,
aqui todos se encantam
com a lenda do quebra-mar.

A brincar descalço
na beira do igarapé
sinto teu remanso
nas tardes quentes de maré.

No canto das lavadeiras
mistérios vão encontrar
sereias, cobras e botos
encantam este lugar.

Com a bela brisa do mar
na Fortaleza vou passear
e nas margens do Amazonas
tomar o meu tacacá.

Estâncias de bacabas
nova aurora vai chegar
rio acima, rio abaixo
marabaixo vou dançar.

No balanço da canoa
sob o sol do Equador
vejo o encontro das águas
rasgando o rio-mar.

No teu leito majestoso
quero sempre navegar
e sentir a força dessa terra
nas ondas do quebra-mar.

Yan Silva é aluno da E.E.Santa Maria

Apenas uma confissao

O mundo é tão confuso, tão complicado, que se perder diante de tantas informações é algo muito fácil.
Essas complicações são aceitas facilmente pela maioria, a conformidade pelo senso comum, algo mediocremente repulsivo, geram pessoas totalmente alienadas, sem atitude e ignorantes. E que tal agir pelo senso critico, fazer descobertas verdadeiramente suas, e não aderir tudo o que foi jogado em cima de você desde o nascimento. Algo que realmente não é fácil, pois é um processo espiritual, que vem de nosso interior juntamente com nosso intelecto.
Depois disso, precisa-se ser forte para agüentar tantas novidades, e para melhor explicar cito aqui uma frase de Nietzsche: “O desespero é o preço pago pela autoconsciência”.
Não me acho a dona da verdade, ao contrario, sinto-me na fase do desespero, por isso coloco pra fora essas coisas. Acredito ser o espírito maior que o corpo, pois o corpo é limitado o espírito não, e sinto que meu corpo não o agüenta.